Em matéria anterior, trouxemos a
vocês, um pouco sobre a história em quadrinhos de "Brzrkr", que conta com o ator Keanu
Reeves na criação do roteiro, ao lado de Matt Kindt, sem contar as artes de
Ron Garney, cores de Bill Crabtree, e arte de capa de Rafael Grampá.
Pois bem, dessa vez, iremos apresentar uma resenha, com alguns detalhes da obra
que foi lançada nos EUA pela Boom! Studios, enquanto no Brasil, ficou a cargo
da editora Panini Comics. Vamos Lá!
"O tempo é uma coisa
engraçada."
O que você faria, se tivesse a força
e agilidade inigualável de um grande guerreiro, somados a imortalidade?
Iria conhecer cada canto do mundo? Desfrutaria de cada prazer que a vida
poderia lhe proporcionar? A resposta de tal pergunta, leva o leitor a imaginar
as inúmeras possibilidades, que dependeriam única e exclusivamente do "portador
de tais qualidades".
Mas qual a relação deste
questionamento com a história apresentada em "Brzrkr"? Bom, tem tudo a ver, uma
vez que Reeves e Kindt, trazem ao público Unute, um meio homem e meio
deus, que nasceu com o propósito de proteger sua família e vila contra forças
externas, através de sua força e agilidade descomunal, sem contar a
imortalidade.
Com o decorrer do tempo, após vagar
pelo mundo por milênios, levando uma vida “eterna” repleta de dor, lutas e
muito sangue, o guerreiro encontra um resquício de esperança ao iniciar “uma
parceria” com o governo dos EUA, que em troca de seus serviços, promete
a paz e a tão sonhada mortalidade que ele tanto almeja.
"Todos querem
alguma coisa. Podem fazer seus superclones e superexércitos a partir de mim. Eu
não me importo. Eu só preciso da mortalidade."
Pouco a pouco, à medida que o
leitor avança na história, é possível visualizar "partes" do passado de Unute,
indo desde seu nascimento, passando pelas lutas que enfrentou em cada período
da história, para até os dias atuais; assim como é capaz de notar as reais
intenções de cada um que cerca o icônico guerreiro, indo desde a médica Diana,
que introduz os protocolos de "análises médicas" para até o "chefe do
experimento", o Dr. Caldwell.
Entretanto, os dois primeiros
volumes da obra se resumem em apenas isso? Um homem a procura de se tornar
mortal? Eu diria que não, pois mais que cenários repletos de ação e violência
gráfica (o que, convenhamos, retrata bem o nível de ferocidade que o
protagonista chega, quando se está no modo Berzerker), os artistas envolvidos
na história exibem a quão solitária pode ser uma jornada perpétua pela Terra.
Portanto, "Brzrkr" agradará
inúmeros leitores, ao evidenciar a importância da história, em meio a
brutalidade da busca de alguns pelo eterno, enquanto de outros pelo prazer de
se viver uma única e bem aproveitada existência.