Filme dirigido por Julia Rezende está competindo no 50º Festival de Gramado e será exibido no dia 16/08
“A Porta ao Lado”, oitavo filme de Julia Rezende (“Depois a Louca sou Eu” e “Ponte Aérea”), ganhou teaser. Produzido por Mariza Leão (“Depois a Louca Sou Eu” e “De Pernas pro Ar 3”) e Tiago Rezende, o longa-metragem participa da Mostra Competitiva do 50º Festival de Gramado e fará sua estreia em 16/08, durante a competição oficial do Festival. Além da diretora e dos produtores, estarão em Gramado os quatro protagonistas: Bárbara Paz, Túlio Starling, Dan Ferreira e Leticia Colin.
O filme encontra Mari (Leticia Colin) quando ela é atravessada pelo desejo. Desejo erótico, desejo de mudança e de ressignificações. Ela vive um casamento estável com Rafa (Dan Ferreira), com quem divide a vida, a casa, os planos e um acordo de exclusividade. Ao se aproximar de seus novos vizinhos, Isis (Bárbara Paz) e Fred (Túlio Starling), um casal que vive um relacionamento aberto, que separa sexo de amor e que decidiu não ter filhos, Mari começa a questionar o seu casamento. O encontro dos dois casais irá provocar desejos, dúvidas, inseguranças, mentiras e transformações nos quatro personagens, fazendo com que cada um reavalie suas escolhas.
“A Porta Ao Lado surgiu do desejo de seguir investigando as relações afetivas. De pensar sobre os diversos acordos possíveis entre casais. De questionar o que é traição para cada pessoa”, explica a diretora Julia Rezende.
Dan concorda que o filme desperta reflexões e provocações acerca do que é a verdade e ressalta o paradoxo das distâncias em tempos de redes sociais. “O filme provoca o valor da verdade das relações que a gente escolhe ter, a importância de sermos verdadeiros com os nossos sentimentos e com os sentimentos do outro. É um filme bem provocador em um momento em que, mesmo com o avanço das redes sociais, a gente tem criado distâncias enormes, verdadeiros abismos nas relações pessoais. As relações sociais estão cada vez mais abrangentes e as pessoais cada vez mais distantes”.
Apesar de viverem um relacionamento aparentemente bem resolvido, Bárbara lembra que nunca disseram que seria fácil se relacionar: “O filme fala sobre os dois lados de um relacionamento aberto”.
Vivendo Fred na trama, Túlio Starling considera que o personagem traz uma sensibilidade que em um primeiro momento não é percebida. “O Fred leva um componente de delicadeza para essa brincadeira atrapalhada que o filme vai revelando. Mesmo sendo, à primeira vista, um pivô do desejo e do arrebatamento de Mari, aos poucos vamos percebendo na sua fluidez uma condição vulnerável e incerta sobre si mesmo”.