Uma ideia bacana, mas muito mal executada e sem identidade
Por Jurandir Vicari
A Netflix prometeu novos filmes ao seu catalogo e está cumprindo. Mai recente produção Original, é a primeira parte da trilogia "Rua do Medo: 1994", com as duas partes seguintes previstas para as próximas semanas.
O diretor Leigh Janiak, do recente "Jovens Bruxas: Nova Irmandade" e da série "Outcast", une o sobrenatural ao slasher, consagrado subgênero do terror que envolve psicopatas que escolhem suas vitimas aleatoriamente e já foi visto em várias e importantes obras cinematográficas como o clássico "O Massacre da Serra Elétrica" ou então as franquias "Halloween" e "Pânico".
Adaptado a partir de alguns contos de R.L. Stine, celebre autor criador da serie literária "Goosebumps", posteriormente adaptada para a TV e para os cinemas. O roteiro une muitas gororobas já saturadas em filmes de terror adolescente, o que torna o sabor quase intragável. Vemos a rivalidade entre duas cidades e uma delas repleta de assassinatos e acontecimentos bizarros.
No meio de tudo isso temos no elenco nomes conhecidos do publico jovem como Kiana Madeira ("Flash"), Olivia Scott Weich ("Modern Family"), Benjamim Flores Jr. ("Policial em Apuros") e Maya Hawke ("Stranger Things").
No meio de tudo isso temos no elenco nomes conhecidos do publico jovem como Kiana Madeira ("Flash"), Olivia Scott Weich ("Modern Family"), Benjamim Flores Jr. ("Policial em Apuros") e Maya Hawke ("Stranger Things").
Ao assistir os trailers, eu fiquei bem empolgado com a ideia de uma nova saga de filme de terror teen, uma pena que ela seja mal executada. Por se tratar do inicio de uma trilogia, a introdução aos personagens deveria ser mais cuidadosa e melhor desenvolvida, contudo, são todos jogados em tela sem maiores explicações e progressão, o que faz com que o expectador não crie empatia com eles. Além disso falta uma identidade e até mesmo originalidade.
Ainda assim, o longa tem algo de interessante em meio a tanto pontos fracos ao explorar o relacionamento de Deena e Samantha. Trazer a representatividade LGBTQIA+ em uma obra tão amplamente divulgada, é um sopro de frescor em meio a tantas coisas ruins, inclusive no nosso momento atual que mais parece um filme de terror do que a realidade em si.
Ainda assim, o longa tem algo de interessante em meio a tanto pontos fracos ao explorar o relacionamento de Deena e Samantha. Trazer a representatividade LGBTQIA+ em uma obra tão amplamente divulgada, é um sopro de frescor em meio a tantas coisas ruins, inclusive no nosso momento atual que mais parece um filme de terror do que a realidade em si.
Com um plano de divulgação e apresentação tão ambiciosos, uma pena que a miscelânea e excesso de referências não deixa um sabor marcante ao final de 1 hora e 45 minutos de projeção, o que torna "Rua do Medo: 1994 - Parte 1" mais um filme de terror esquecível e exagerado. Ainda assim, tenho um pouco de esperança que os próximos filmes cresçam e se desenvolvam melhor, trazendo um desfecho mais empolgante do que o inicio.