De forma didática e necessária, documentário é um sopro de esperança e uma grito por justiça, igualdade e liberdade
Por Paulo Costa
Através de suas letras, Emicida tece e desenha, literalmente de forma didática e muito bem explicativa todo um mapa do racismo estrutural enraizado no Brasil, onde realmente só não enxerga quem não quer ver ou é um grande de um mau caráter, e esse é apenas o ponto de partida do documentário "AmarElo - É Tudo Pra Ontem".
Com quase 90 minutos de duração, através de 3 capítulos de aproximadamente 30 minutos cada, somos levados a uma viagem social e cultural que nos faz refletir e repensar o mundo atual e cada uma de nossas atitudes, a repensar tudo aquilo que foi dito e não dito.
Com quase 90 minutos de duração, através de 3 capítulos de aproximadamente 30 minutos cada, somos levados a uma viagem social e cultural que nos faz refletir e repensar o mundo atual e cada uma de nossas atitudes, a repensar tudo aquilo que foi dito e não dito.
A narrativa, que se utiliza de diversas linguagens, aproveita para apresentar à uma geração mais nova e ao mesmo tempo traçar um panorama cultural de importantes artistas negros nacionais que fizeram e fazem história, mas que até hoje muitos são negligenciam e até mesmo esquecidos e nem preciso citar os motivos.
Esteticamente o trabalho possui um primoroso resgate histórico de imagens e sons, materiais de arquivo e animações, tudo entrelaçado com o processo criativo do álbum "AmarElo", diga-se de passagem o melhor e mais importante trabalho do rapper, e o show no Theatro Municipal de São Paulo, onde cada palavra de cada composição é um grito de socorro e de liberdade. Além da participação de icônicas figuras da cultura nacional e internacional, como Fernanda Montenegro, Zeca Pagodinho, Fabiana Cozza, Marcos Valle, a belíssima amizade construída com Wilson das Neves e até Angela Davis citando Lélia Gonzales.
Esteticamente o trabalho possui um primoroso resgate histórico de imagens e sons, materiais de arquivo e animações, tudo entrelaçado com o processo criativo do álbum "AmarElo", diga-se de passagem o melhor e mais importante trabalho do rapper, e o show no Theatro Municipal de São Paulo, onde cada palavra de cada composição é um grito de socorro e de liberdade. Além da participação de icônicas figuras da cultura nacional e internacional, como Fernanda Montenegro, Zeca Pagodinho, Fabiana Cozza, Marcos Valle, a belíssima amizade construída com Wilson das Neves e até Angela Davis citando Lélia Gonzales.
Mas a mensagem mais importante se resume em: vamos nos unir! Pois enquanto muito se pede por igualdade e respeito, dentro de cada uma das "minorias" citadas na obra, existem preconceitos internos que precisam ser quebrados, e essa união fica ainda mais exemplificada quando surge no palco ao lado de Emicida as artistas Majur e Pablo Vittar, nomes importantes da comunidade LGBTQIAP+, cantando um dos maiores hinos musicais e que dá nome ao disco e ao documentário: "AmarElo".
E não teria melhor data para que "AmarElo - É Tudo Pra Ontem" estreasse no serviço de streaming, afinal, hoje, 08 de dezembro completa-se 1000 dias com mais perguntas do que respostas sobre o caso Marielle Franco, que também recebe uma bela homenagem no desfecho da obra.
E não teria melhor data para que "AmarElo - É Tudo Pra Ontem" estreasse no serviço de streaming, afinal, hoje, 08 de dezembro completa-se 1000 dias com mais perguntas do que respostas sobre o caso Marielle Franco, que também recebe uma bela homenagem no desfecho da obra.
Muito mais do que um documentário, é algo de extrema urgência, uma aula sobre diversidades e uma voz para a sociedade marginalizada e invisibilizada! Por favor, assistam.