"I Wanna Rock", Tom Cruise lidera um incrível elenco em um musical empolgante| Divulgação |
Envolvente, divertido e explosivo, um musical para reviver o bom e velho rock'n'roll
Por Paulo Costa
Lançado em 2012, me lembro de ter ido ao cinema pelo menos umas 4 vezes para assistir "Rock of Ages - O Filme" e, até hoje faço questão de revisitar este musical extremamente envolvente. Para quem mergulha de cabeça é possível esquecer que estamos em casa e, como um rockstar em cima do palco, querer sair dançando e cantando pelos cômodos da casa.
Baseado no musical de grande sucesso da Broadway, a trama é quase que uma adaptação literal do clássico "Don't Stop Believing", da Journey, ou seja, uma garota do interior, Sherrie, e um garoto da cidade grande, Drew, que se conhecem na lendária Sunset Strip enquanto buscam seus sonhos em Hollywood. A diferença é que Sherrie não pega o trema da meia-noite para a cidade grande, mas sim um ônibus, e só por esse número de abertura já podemos sentir todo o clima da década que seremos transportados, ou seja, 1987.
Toda a parte musical é embalada pelo bom e clássico rock'n'roll de Def Leppard, Joan Jett, Bon Jovi, Poison, Whitesnake, Foreigner, a já citada Journey, entre outras lendas que completam a trilha perfeita. Misture tudo isso com a visão peculiar de quem entende realmente do assunto, o longa é dirigido por ninguém menos que Adam Shankman, quem é fã do gênero sabe que ele foi o responsável por levar o carismático e divertido "Hairspray" as telonas.
Além de Julianne Hough e Diego Boneta (grande preocupação minha na época, mas que foi uma grata surpresa) o elenco de peso conta com nomes como Catherine Zeta-Jones (que voltou a cantar depois do ganhador do Oscar "Chicago"), Alec Baldwin, Paul Giamatti, Russel Brand (mesmo sendo um escroto na vida real, conseguiu me surpreender cantando, dançando e atuando) e Tom Cruise que encara o lendário astro do rock Stacee Jaxx, uma encarnação literal de Axel Rose. Claro que não posso esquecer de Mary J. Blige, que protagoniza uma das cenas musicais mais bonitas do filme.
"Hit me With Your Best Shot", Zeta-Jones está arrogantemete divertida e controversa (Divulgação/WarnerBros.) |
Claro que "Rock of Ages" tem seus momentos clichés, as vezes uma coisa ou outra que cai na mesmice, mas que ao contrário do que muitos chegaram a dizer ou até mesmo comparar ao (ruim) seriado "Glee", aqui temos Rock de verdade e uma versão de "Don't Stop Believing" que serve pra mostrar aos aspirantes a cantores do seriado citado como se homenageia uma canção que marcou gerações de forma digna.
E, em comparação ao musical original, ao qual confesso que tive o desprazer em ver a montagem brasileira, o filme possui algumas mudanças, inclusive a personagem de Zeta-Jones, foi criada especialmente para o filme, e com certeza foi uma das melhores escolhas que fizeram, pois Patricia Whitemore é arrogantemente divertida, insana e extremamente controversa.
Contudo, como descrito no trailer do próprio filme, aqui temos "A música de uma geração em um evento para a história." e isso não é um marketing apelativo, isso é "Rock of Ages", um musical verdadeiramente empolgante, que além de tudo nos faz reviver uma das melhores épocas do rock and roll, a boa e eletrizante música da década de 80, que marcou e marca muita gente até hoje.