Feito na medida exata para derreter até os corações mais gelados ou, eu amo um garfinho
Por Paulo Costa
Nas animações que chegaram aos cinemas recentemente, eu sempre concordei com a ideia de que em sua grande maioria não são filmes criados para o público infantil, onde a maioria dos adultos usam as crianças como pretexto para saírem de casa e irem aos cinemas assisti-los. É com "Toy Story 4", já em cartaz no país, que esta teoria se comprova.
Por mais que seja uma filme fofo, alegre, colorido, repleto de muita aventura com direito a um sustinho ou outro, sempre se utilizando da mais encantadora e mágica fórmula que só a Walt Disney é capaz de criar, além da animação no melhor e mais surpreendente estilo que a Pixar Animation Studios sabe muito bem fazer, é mais do que provável que a criançada vá se divertir e se encantar, porém são os adultos que vão se emocionar pra valer. A nostalgia é 100% certeira e atinge bem no centro de nossos corações, nos faz voltar a ser criança, encantados com cada uma das cenas que o primeiro longa pode proporcionar, inclusive a quem o assistiu na época de seu lançamento original. Não me recordo com toda a certeza, mas "Toy Story - Um Mundo de Aventuras", lançado em dezembro de 1995, se não foi o primeiro, foi um dos primeiros filmes que assisti na tela grande. E ver pela primeira vez o Xerife Woody, Buzz Lightyear, Betty, Sid, o Casal Cabeça de Batata, Rex, Porquinho... todos aqueles brinquedos ganhando vida, é algo que jamais se apagara da memória.
Quatro anos mais tarde, em 1999, nos reencontramos com todos estes personagens para mais uma aventura, além de observar que o garotinho Andy, o dono de todos estes brinquedos já estava maiorzinho. Mas foi em 2010, que a Disney realmente fez muito marmanjo sair do cinema chorando ao lançar o terceiro longa. Este foi o filme que presenteou a criança dentro de cada um de nós, ao menos para mim foi um marco acompanhar o garoto Andy, se tornando um jovem adulto ingressando na faculdade e com isso - a troca de brinquedos - salvos de irem para o lixo e entregues em uma creche é de partir o coração. Se até hoje você não assistiu "Toy Story 3", isso já não é mais um spoiller, e a cena final de Andy entregando estes brinquedos para a garotinha Bonnie, em especial o Woody, é de fazer qualquer um se debulhar em lágrimas.
Como se não bastasse toda emoção vivida no terceiro longa, lá vem a Disney/Pixar e resolve, 9 anos depois, lançar o quarto filme da franquia. Diferente dos anteriores que acompanharam inclusive o crescimento do garoto Andy, "Toy Story 4" é uma sequência direta do terceiro filme. Agora morando na casa da pequena Bonnie, Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela em seu primeiro dia na pré-escola: O Garfinho, construido com objetos encontrados no lixo. O novo brinquedo não se enxerga nesta função, e sim, como um monte de lixo. Durante uma viagem ele salta de dentro do carro; é quando Woody decidido a trazer de volta o atual brinquedo favorito de Bonnie, parte em uma nova aventura em sua busca, e no caminho, reencontra Betty, que agora vive em um parque de diversões.
Como se não bastasse toda emoção vivida no terceiro longa, lá vem a Disney/Pixar e resolve, 9 anos depois, lançar o quarto filme da franquia. Diferente dos anteriores que acompanharam inclusive o crescimento do garoto Andy, "Toy Story 4" é uma sequência direta do terceiro filme. Agora morando na casa da pequena Bonnie, Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela em seu primeiro dia na pré-escola: O Garfinho, construido com objetos encontrados no lixo. O novo brinquedo não se enxerga nesta função, e sim, como um monte de lixo. Durante uma viagem ele salta de dentro do carro; é quando Woody decidido a trazer de volta o atual brinquedo favorito de Bonnie, parte em uma nova aventura em sua busca, e no caminho, reencontra Betty, que agora vive em um parque de diversões.
Deixada a nostalgia de lado, outro fator importante que comprova a importância da franquia "Toy Story" é a sublime evolução da tecnologia. Isso se prova quando maratonamos todos os longas em ordem cronologia. Do primeiro ao mais recente, nota-se o quanto a animação 3D conseguiu evoluir e deixar tal obra ainda mais bonita esteticamente, além do realismo, principalmente os movimentos faciais dos brinquedos, pois é possível ver refletido cada sentimento no rostinho deles. Isso se aplica também aos personagens humanos, os momentos de medo e tristeza em Boonie é mais convincente do que muita atuação real.
O roteiro também surpreende, com frases engraçadinhas para agradar as crianças. Porém é nas entrelinhas que a história realmente acontece pois é durante esta jornada para encontrar o tal Garfinho, que Woody realmente começa a se encontrar, é uma auto descoberta, que inclui questões que até então o brinquedo jamais havia refletido, principalmente quando reencontra Betty e se depara com a "nova vida" que esta boneca tem agora. E qual adulto nunca passou ou está passando por este momento? Que pessoa mais vivida nunca teve este e outros questionamentos que o roteiro explora?
No geral, "Toy Story 4" entrega uma aventura repleta de momentos nostálgicos, muita reflexão, além de reencontros necessários para se finalizar alguns arcos, mas aos mesmo tempo em que introduz um gama de novos personagens. É um filme que beira a perfeição e com todo o seu encanto é capaz de derreter os corações mais gelados. Ainda não sabemos se este será realmente o último filme da franquia, pois história para mais com certeza tem, afinal "novos amigos pedem novas aventuras", infelizmente eu não estava pronto para me despedir de alguns dos velhos amigos e mais uma vez me debulhei em lágrimas. Obrigado Disney!
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