Realidade e fantasia se colidem para contar a história de um dos mais celebrados autores de todos os tempos
Por Lulu Ribeiro
John Ronald Reuel Tolkien foi um homem de incrível talento e criatividade. Ele não só lutou na Primeira Guerra Mundial, foi professor e doutor em Letras como criou o mágico mundo da Terra-média que muitos (inclusive esta que está sentada do outro lado do teclado) tem tanta fidelidade e amor por todos os anões, elfos, magos e hobbits.
No filme da FOX Searchlight, acompanhamos a trajetória de Tolkien contada maravilhosamente por Nicholas Holt ("Mad Max: Estrada da Fúria", "Skins"), desde suas perdas ainda jovem até sua passagem pela Universidade de Oxford. Durante essa viagem, temos maravilhosos vislumbres de como as vivências do escritor se tornaram o mundo mágico que criou nos anos 1920 e vivem conosco até hoje.
Foi incrível poder conhecer as origens do T.C.B.S. (Tea Club, Barrovian Society ou Sociedade Barroviana do Clube de Chá) a irmandade criada por Tolkien, Geoffrey Bache Smith (Anthony Boyle, "Ordeal by Innocence"), Christopher Wiseman (Tom Glynn-Carney, "Dunkirk") e Robert Gilson (Patrick Gibson, "The OA") durante seus anos de escola, sua paixão por criar idiomas e lendas e seu relacionamento com Edith Bratt (Lily Collins, "Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile"), com quem ele foi casado por 55 anos.
O filme tem uma fotografia linda, em especial nas cenas de guerra, e traz a história com uma leveza que nem percebemos seus 112 minutos passarem. Extremamente sucinto, traz o essencial, não tendo cenas desnecessárias em nenhum momento.