De um anjo à Hitler, Bruno Ganz foi um dos maiores nomes do cinema germânico e também mundial
Um dos maiores nomes do cinema alemão, o ator Bruno Ganz, faleceu na madrugada deste sábado, 16, em sua residencial em Zurique. Ele tinha 77 anos e vinha travando uma batalha contra um câncer de cólon.
De uma versatilidade inigualável, Ganz se consolidou no cinema europeu, mais especificamente em películas alemãs ao trabalhar com grandes diretores como Wim Wenders em "O Amigo Americano" (1977), no maravilhoso "Asas do Desejo" (1987) e também em sua sequência "Tão Longe, Tão Perto" (1993).
Trabalhou também com o cineasta Werner Herzog em "Nosferatu - O Vampiro da Noite" (1979). Em 2004 interpretou Adolf Hitler em "A Queda - As Última Horas de Hitler", indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Ao longo de sua carreira figurou em importantes e ótimos filmes entre eles, "Pão e Tulipas" (2000), "O Leitor" (2008), "O Grupo Baader Meinhoff" (2008), "Trem Noturno Para Lisboa" (2013), "O Cidadão do Ano" (2014) e "A Festa" (2017). Seu último trabalho foi em "A Casa Que Jack Construiu" do controverso cineasta Lars Von Trier".
"Bruno Ganz foi um dos maiores e mais versáteis atores 'que inspiraram gerações de fãs de cinema', disse o diretor do festival, Dieter Kosslic. Como um companheiro de longa data ele se juntou ao festival como um convidado frequente com vários filmes por muitos anos. Estamos muito tristes com a perda desta figura notável da história do cinema internacional.