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Resenha: Sol da Meia-Noite




Mais um filme clichê para adolescentes

Por Rebeca S. Costa

Diamond Films / Divulgação
 Em "Sol da Meia-Noite" (Midnight Sun), que chega aos cinemas nesta semana, Katie (Bella Thorne) é uma jovem de 17 anos que desde a infância foi protegida pelo pai Jack (Rob Riggle) viúvo e cuidadoso, pelo fato de possuir uma doença rara chamada Xeroderma Pigmentoso. A doença impede que a moça tenha contato direto com a luz solar, pois esta poderia lhe ser fatal.  Sendo assim, ela fica confinada em sua casa que é projetada especialmente para conter raios solares. Apesar do confinamento e limitações, Katie tenta levar a sua vida da melhor maneira possível. Estuda em casa, desde o jardim de infância tem uma amiga, Morgan (Quinn Shephard), extremamente bem-humorada, e que sempre faz de tudo para ver amiga viver uma vida normal e feliz. E observa seus vizinhos. É assim que ela conhece Charlie (Patrick Schwarzenegger), um menino que vive uma fase triste em sua vida pois, perdeu uma bolsa de estudos para a faculdade. Katie, que o vigia desde pequena, acaba se apaixonando por ele, mesmo ciente que o rapaz nem sabe que ela existe. Sendo assim o destino precisa de dar uma mão para que os dois se conhecessem.  Na noite de sua formatura, Katie decide sair à noite para cantar e assim comemorar o fim dessa etapa da sua vida. Enquanto ela está cantando na estação de trem, Charlie ouve sua voz, fica encantado e decidi conversar com a moça. Katie, extremamente envergonhada vai embora correndo e esquece seu caderno de músicas. O destino agora usa sua amiga Morgan, que resolve ajudar a amiga e marca um encontro com Charlie. E deste encontro um romance de verão, que será inesquecível para os dois, se inicia. Charlie se empenha em mostrar a ela tudo o que uma adolescente pode querer. Porém, Katie esconde sua condição do rapaz, só se encontrado com ele a noite. Com o avanço do relacionamento ela vive um dilema: Quando e como contar a Charlie sobre sua doença grave?

Fica claro que o filme é voltado para um nicho especifico: adolescentes fãs de romances água com açúcar e impossíveis. Estes certamente irão adorar esta história protagonizado por Bella Thorne, conhecida deste público por seus papéis em produções da Disney, o que não quer dizer ou que garanta que as atuações dela e de seu coprotagonista, Patrick Schwarzenegger sejam boas. Com interpretações insossas e completamente inexpressivas que por diversas vezes são ofuscados pela atuação de Quinn Shephard, que interpreta a personagem Morgan, de forma muito cuidadosa e engraçada.

"Sol da Meia-Noite" conta com uma história extremamente clichê e ao assisti-lo, fica-se com uma sensação crescente de Déjà Vu, pois se trata de algo nada original, com uma trama que perde muito se comparada com as já contadas em outros filmes do gênero como "Se Eu Ficar" (2014), "Tudo e Todas as Coisas" (2017) e principalmente o já clássico "Um Amor Para Recordar" (2002). Nenhuma cena ou acontecimento marca a memória de quem está assistindo. Mesmo sendo um romance, há inúmeras tentativas de adicionar comédia, e o riso, porém falha-se grandemente. Não há situações em que o filme arranca boas risadas e nem lágrimas pelo drama vivido pelo casal desafortunado.  O enredo acaba sendo insuficiente e demasiadamente fraco em seus momentos dramáticos.