Nostalgia como solução
Por Edu Fernandes (Blog Cine Dude)
Um antigo hábito de Hollywood é retratar personagens que não são estadunidenses travando conversas entre si em inglês com o sotaque de seus países de origem. Tudo isso sem qualquer justificativa narrativa. Cavalo de Guerra (War Horse) ainda consegue usar esse recurso e evitar que as platéias dos Estados Unidos tenham que ler legendas, algo que não é costume por lá. Vale ressaltar que atualmente esse hábito linguístico de Hollywood não é mais tão aceito. Filmes como A Paixão de Cristo (2004) e Bastardos Inglórios (2009) acostumaram o grande público a um grau de verossimilhança maior.
Para sustentar a opção, o filme apóia-se na nostalgia. Toda a estética de Cavalo de Guerra é um tributo aos filmes em technicolor* produzidos nos estúdios da Disney até a década de 1960. Muitas dessas fitas tinham como tema central a relação entre um ser humano (mais comumente crianças ou jovens) com um animal.
Da mesma forma, a mais nova direção de Steven Spielberg (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal) conta a história de Joey, um cavalo criado pelo jovem Albert (Jeremy Irvine) no começo do século XX. Começa a Primeira Guerra Mundial e o animal é arrendado ao Exército Inglês. A partir daí, Joey terá alguns donos de nacionalidades distintas. Sejam essas pessoas francesas ou alemães, todos falam inglês, como era aceitável na época dos technicolors da Disney.
As demais áreas técnicas acompanham o gênero. Assim, a direção de fotografia de Janusz Kaminski (Como Você Sabe) abusa das tonalidades de amarelo e laranja. Spielberg usa muito bem as sombras e enquadramentos inteligentes para criar cenas com a emotividade habitual desse tipo de produção. Para completar, a trilha musical composta por John Williams (Munique) aumenta a atmosfera lacrimosa.
Para os fãs de Spielberg ou cinéfilos saudosos dessas produções inocentes do passado, Cavalo de Guerra oferece uma emocionante viagem no tempo.
Por Edu Fernandes (Blog Cine Dude)
Um garoto e seu cavalo, um hisória de amor e amizade verdadeira (Divulgação) |
Um antigo hábito de Hollywood é retratar personagens que não são estadunidenses travando conversas entre si em inglês com o sotaque de seus países de origem. Tudo isso sem qualquer justificativa narrativa. Cavalo de Guerra (War Horse) ainda consegue usar esse recurso e evitar que as platéias dos Estados Unidos tenham que ler legendas, algo que não é costume por lá. Vale ressaltar que atualmente esse hábito linguístico de Hollywood não é mais tão aceito. Filmes como A Paixão de Cristo (2004) e Bastardos Inglórios (2009) acostumaram o grande público a um grau de verossimilhança maior.
Divulgação/Buena Vista |
Da mesma forma, a mais nova direção de Steven Spielberg (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal) conta a história de Joey, um cavalo criado pelo jovem Albert (Jeremy Irvine) no começo do século XX. Começa a Primeira Guerra Mundial e o animal é arrendado ao Exército Inglês. A partir daí, Joey terá alguns donos de nacionalidades distintas. Sejam essas pessoas francesas ou alemães, todos falam inglês, como era aceitável na época dos technicolors da Disney.
As demais áreas técnicas acompanham o gênero. Assim, a direção de fotografia de Janusz Kaminski (Como Você Sabe) abusa das tonalidades de amarelo e laranja. Spielberg usa muito bem as sombras e enquadramentos inteligentes para criar cenas com a emotividade habitual desse tipo de produção. Para completar, a trilha musical composta por John Williams (Munique) aumenta a atmosfera lacrimosa.
Para os fãs de Spielberg ou cinéfilos saudosos dessas produções inocentes do passado, Cavalo de Guerra oferece uma emocionante viagem no tempo.
*Technicolor é uma maneira de produzir filmes coloridos, muito usada nas primeiras décadas do cinema colorido.