Nicolas Cage e Amber Heard em arte oficial do filme (Divulgação/Warner Bros.) |
Velocidade, violência e satanismo em 3D
Por Amanda Santana
“Fúria Sobre Rodas” (Drive Angry), em cartaz nos cinemas desde sexta-feira, se mostra extremamente violento desde as primeiras cenas. Coisas sobrenaturais acontecem ao longo do filme sempre aliados a violência e muito sangue. É preciso, no entanto, reconhecer que o enredo é até incomum. Dessa vez, a vingança é motivada por um pacto em uma seita de rituais satânicos.
Divulgação/Warner Bros. |
Milton, Nicolas Cage, é um pai vingativo que volta do inferno para perseguir o líder da seita satânica que assassinou sua filha, e agora tem três dias para livrar sua neta que foi seqüestrada e será sacrificada na próxima noite de lua cheia, a fim de que seja concluído um culto sanguinário que promete trazer o inferno para a terra.
Piper, interpretada por Amber Heard do filme Amor Por Contrato, é a companheira de Milton pra resgatar o bebê. Bela e com muita disposição para distribuir socos por aí, a personagem foi favorecida esteticamente, pois mesmo apanhando muito durante o filme, os efeitos de maquiagem não conseguem retratar as marcas provocadas por tanta violência, assim raramente se vê um pouco de sangue na personagem.
Ao contrário do que sugere o nome, o filme não se trata de um novo “Velozes e Furiosos”, até porque fica muito abaixo do esperado para uma produção com Nicolas Cage. Alguns críticos preferem associá-lo ao “A Prova de Morte” de Quentin Tarantino.
Há cenas previsíveis que o tornam fraco, além de uma cena de perseguição de carros que dura mais tempo que o necessário. O filme também conta com cenas que misturam ao mesmo tempo sexo, nudez e violência.
A única coisa que surpreende no filme é o enredo, pois ao ler o título do filme, Fúria sobre rodas, não se imagina que o filme irá tratar de conflitos envolvendo uma seita satanista, e muito menos que contará com elementos sobrenaturais.
Segundo os roteiristas, Patrick Lussier e Todd Farmer (Dia dos Namorados Macabro 3D), a ideia era juntar a experiência deles em filmes de terror com as tendências de filmes de ação, que reconhecem não ter a menor experiência. Para isso apostaram na criação de um estilo de personagem que classificam como o herói que também é o bandido.
Eles frisam que Milton é um criminoso fugitivo, e, portanto, é um personagem mau, lembrando que ele abandonou sua filha na adolescência acarretando no ingresso dela à seita satânica, que ele anteriormente pertencia. Ainda querendo fugir do clichê do bandido que sai da prisão, eles inovam fazendo com que o bandido volte do inferno.
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