Por Paulo Costa
Em 2004 foi apresentado ao mundo um dos maiores sucessos daquele ano, considerado pela crítica como “O melhor filme de serial killer desde ‘Seven’”, “Jogos Mortais” (Saw), que com um orçamento mínimo e filmado em apenas 18 dias, arrecadou mundialmente mais de US$80 milhões e causou agonia, pânico e muitos sustos, virando febre entre os aficionados por serial killers, que daquele ano em diante aguardariam ansiosos para descobrirem novas peças de um quebra-cabeça sádico, engenhoso e mirabolante.
Nesta sexta-feira, 06 de novembro, cinco anos depois do primeiro filme, chega aos cinemas “Jogos Mortais VI” (Saw VI), que entre todos os filmes da série, é com certeza o mais decepcionante, errando feio ao apelar para cenas de brutalidade excessiva e explicita.
Brutalidade que fez com que, das 300 cópias que seriam lançadas na Espanha, o filme recebesse classificação máxima e será exibido apenas em cinemas eróticos do país, num total de 8 salas ainda em operação, sendo o primeiro filme de conteúdo não erótico a ser exibido nestas salas.
Ao invés de uma trama mais engajada, não que isso de fato não tenha acontecido nos filmes anteriores, o estúdio que vem faturando alto com doses extras de sangue e violência, resolveu substituir quase que por completo uma trama inteligente que poderia ter revelado todas as pontas soltas deixadas pelos filmes anteriores da franquia colocando um ponto final, fato que não acontece, e os fãs terão que aguardar mais um ano, para quem sabe, um possível desfecho.
Essa brutalidade toda critica no texto pode ser vista logo na cena que abre o longa, seguindo os formatos anteriores que inicia a trama com um jogo macabro, um novo jogo está para começar. Duas pessoas acordam em celas separadas que possui uma mesa a utensílios cortantes, e entre as duas celas uma balança de carne, o jogo é bem simples “quanta carne você daria pela sua vida?”, preciso falar algo mais além de que o espectador verá muita mutilação?
Depois desta cena vemos um flashback de “Jogos Mortais V” (Saw V) e o filme realmente começa. Depois da morte do agente Strahm, o novo responsável por espalhar o legado de Jigsaw, o detetive Hoffman se encontra em um beco sem saída quando o FBI chega perto de capturá-lo, é aí que Hoffman inicia um novo jogo, colocando em prática o que seria o grande plano final de Jigsaw, porém alguém não quer que esse legado tenha um fim.
Talvez o mais interessante de toda essa carnificina é a volta de personagens, aparentemente mortos nos anteriores, e flashs que trazem de volta Amanda e Jigsaw em cenas reveladoras mas que poderiam ser mais interessantes.
No final das contas quem realmente é fã vai adorar e com certeza esperar pelo próximo, mas para nós que apenas queremos saber quando e como tudo isso vai terminar, uma grande decepção.
Imagens: Divulgação (Buena Vista)
Vídeos: Divulgação (YouTube)